sábado, 4 de março de 2023

Celular Validando Tudo que é Mostrado nas Redes Sociais emburrece! Você Concorda?


Ana Maria Diniz é fundadora do Instituto Península, que atua na formação de professores; empresária e conselheira do Todos pela Educação e Parceiros pela Educação. Compartilho seu interessante artigo abaixo.

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Em termos de progresso humano, o século XX foi extraordinário. A aceleração da compreensão científica e tecnológica nesses prolíferos cem anos fomentou invenções fantásticas e mais transformações do que em qualquer outro momento na história, elevando as condições de vida da humanidade a um patamar jamais sonhado.

No mundo todo, os níveis de analfabetismo, pobreza extrema e mortalidade infantil despencaram. A expectativa de vida saltou de 45 para mais 70 anos e quase todos os indicadores de saúde melhoraram em quase todo o globo. Até o QI das pessoas aumentou no período.

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Como demonstrou o psicólogo americano James Flynn no estudo “Massive IQ Gains in 14 Nations: What IQ Tests Really Measure”, publicado na “Psychological Bulletin”, em 1987, as pontuações de QI aumentaram de forma consistente e previsível – cerca de três pontos por década -, entre os anos 1930 e 1970, em vários pontos do planeta. Em alguns lugares o crescimento foi mais expressivo: no Japão, chegou a 7,7 pontos no pós-guerra.

Estudos subsequentes confirmaram a tendência, conhecida como efeito Flynn. É bem razoável relacionar a melhora da nutrição, da medicina e o amplo acesso à educação a esse aumento da inteligência a nível mundial. Esses aspectos já foram muito analisados por especialistas. Sejam quais forem as causas, o efeito Flynn é um fato.

Mas recentemente um outro fato vem sendo observado: estão surgindo evidências de os ganhos de inteligência do século passado estarem perto do fim. Pesquisadores vêm detectando: as pontuações de QI começaram a diminuir, principalmente nos países mais desenvolvidos, há cerca de duas décadas.

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Na Dinamarca, os pontos de QI atingiram o pico em 1998 e vêm caindo 0,2 pontos por ano desde então. Holanda, Inglaterra e França vivem situação parecida.

O antropólogo inglês Edward Dutton, autor da mais importante revisão científica sobre as pesquisas feitas a esse respeito, fez um alerta: se mantido o ritmo de queda, alguns países podem ver o QI médio de sua população cair de 100 pontos para 80 pontos, ou seja, uma inteligência abaixo da média, já na próxima geração. O efeito disso ainda é incalculável, mas pode ser desastroso.

Paradoxalmente, o mesmo salto tecnológico que transformou o mundo e cotidiano de bilhões de pessoas, facilitando a vida no planeta, pode estar afetando de maneira negativa a inteligência humana. Há indícios de que o uso de smartphones e tablets por crianças e adolescentes estejam causando tais efeitos.

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Na Inglaterra, por exemplo, 28% das crianças em fase pré-escolar não se comunicam usando frases completas, como seria esperado para a idade. Nos Estados Unidos, o desempenho médio dos jovens nesse quesito também está caindo. Em 2016, no Scholastic Assessment Test (SAT), que avalia as habilidades acadêmicas dos futuros estudantes universitários, a nota média na prova de interpretação de texto foi a mais baixa já verificada em 40 anos.

No livro a “Fábrica de Cretinos Digitais” o neurocientista francês Michel Desmurget, diretor de pesquisas do Instituto Nacional de Saúde da França, argumenta que internet e aplicativos de redes sociais afetam negativamente a linguagem e estão comprometendo o desenvolvimento da cognição. Realmente, segundo os dados compilados pelo autor, o tempo que as novas gerações passam com smartphones, tablets e computadores é elevadíssimo.

Aos 2 anos, as crianças dos países ocidentais gastam três horas por dia com estes dispositivos. Entre os 8 e os 12 anos, mais de quatro horas e meia. Entre os 13 e os 18, a exposição salta para de seis horas e quarenta e cinco minutos diários.

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Por ano, são cerca de mil horas para um aluno do início do ensino básico, 1.700 horas para um estudante dos anos finais do fundamental e 2400 horas (o equivalente a um ano e meio de trabalho em tempo integral) para um jovem do ensino médio.

tese de o cerne do problema estar relacionado à linguagem foi defendida pelo professor e especialista em recursos humanos francês Christopher Clavé em um texto que viralizou nas redes sociais. Segundo Clavé, as novas gerações estariam ficando menos inteligentes não só pela falta de conhecimento gramatical e de vocabulário, mas também pela supressão de sutilezas linguísticas que nos permitem elaborar e formular pensamentos complexos.

O desaparecimento gradual dos tempos verbais, por exemplo, estaria nos levando a um pensamento só no presente, limitado ao momento, e nos tornando incapazes de projeções no tempo. Outra observação do autor: ao deixarmos de usar certos termos, como “senhorita”, estaríamos involuntariamente movendo a ideia de que não há uma fase intermediária entre uma menina e uma mulher.

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À medida que a tecnologia progride, mais tarefas humanas serão assumidas pela inteligência artificial. No final do ano passado, a startup americana OpenAI lançou o ChatGPT, um chatbot capaz de produzir conteúdos e textos sofisticados a partir de questionamentos feitos pelo usuário.

Trata-se de uma ferramenta poderosa, que inaugura uma nova fase na relação entre os humanos e as máquinas. As implicações dessa tecnologia na educação, na economia e na sociedade em geral são preocupantes.

O mundo nunca foi tão tecnologicamente desenvolvido. Era de se supor que, com tantos avanços, a cada geração, os humanos ficariam cada vez mais inteligentes. Pelo visto, não é bem assim.

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Por isso, as pesquisas neste sentido precisam continuar. Não podemos ter apenas suposições sobre os efeitos da baixa geral de QI da população, precisamos de evidências. Só assim será possível criar soluções para lidar com a complexidade do mundo atual de forma a trazer mais prosperidade para a vida inteligente no planeta.

Fernando Nogueira da Costa: no Brasil, a burrice humana ficou patente quando em 2018 a maioria do eleitorado votou em um sujeito desqualificado para qualquer cargo exigente de inteligência ser presidente do país! Pior, os patriotários repetiram a dose, provando: errar é humano, repetir o erro é desumano!

Os presidiotas deveriam aproveitar a Papuda e a Colmeia para estudar e ler livros inteligentes em lugar de consultar suas redes sociais estúpidas…

Perdeu-se a vergonha de mostrar a burrice compartilhada. Já é hora de voltarem a ter vergonha na cara!

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