segunda-feira, 28 de junho de 2021

Segundo o deputado Luis Miranda, Arthur Lira autorizou detonar o caso Covaxin, que envolve o Bolsonaro

                                                                      Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados
O deputado Luis Miranda (DEM) disse que Arthur Lira (foto), presidente da Câmara, havia o autorizado a “detonar” o caso Covaxin.

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As mensagens entre os dois foram trocadas na segunda-feira (21), dois dias antes de este site revelar que Jair Bolsonaro havia sido alertado das possíveis irregularidades no contrato para a compra da vacina indiana contra a Covaxin.

Às 14h36 daquele dia, Miranda ligou para Lira, que não atendeu. O presidente da Câmara estava concentrado nas conversas para a aprovação, em definitivo, da medida provisória que abriu caminho para a privatização da Eletrobras.

Em seguida, Miranda escreveu ao presidente da Câmara que não estava preocupado com reforma tributária e que o assunto a ser tratado era outro. Segundo Miranda, Lira havia prometido a ele relatoria da reforma tributária, o que acabou não se confirmando. Ainda no entender de Miranda, houve retaliação do Planalto em razão do episódio Covaxin. Nos bastidores, Lira nega que haja essa relação e argumenta que nunca garantiu tal relatoria.

O deputado do DEM do Distrito Federal, então, enviou algumas matérias sobre o caso Covaxin e afirmou que “a bomba atômica desse assunto é meu irmão”, além de ter acrescentado “eu conheço bem o caso”.

Miranda pediu para explicar o assunto pessoalmente a Lira, seu candidato à Presidência da Câmara no início deste ano. Lira não abriu brecha para o encontro pessoal e respondeu assim:

“Se tiver algo errado, detona.”

A interlocutores, o presidente da Câmara nega que tenha dito conhecimento das denúncias antes dessa data e sustenta que deixou claro na mensagem a Miranda a condicional “se tiver algo errado”.

A intenção inicial de Miranda era “detonar” o assunto em sessão da CPI da Covid, no Senado.

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