Eduardo Bolsonaro garante a aliados que a linha da CNN é da Record, o que vem dos EUA é só o nome

                                         Douglas Tavolaro, sócio-fundador da CNN Brasil (Foto: Divulgação)

Algumas mensagens de WhatsApp colhidas pela PF ao longo do inquérito dos atos antidemocráticos revelam que Fabio Wajngarten, então chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo Bolsonaro, defendeu a liberação de verba publicitária da Caixa Econômica Federal para veículos de comunicação classificados por ele como “mídia aliada”.

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Em mensagem enviada pelo blogueiro Allan dos Santos a um contato chamado por ele de “Eduardo”, em provável referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, ele diz: “Precisamos da Secom para implementar uma ação que desenhamos aqui”, afirma, que sugeriu a indicação de uma pessoa para assumir a Secretaria de Radiodifusão. “Seu pai disse que sim”, alertou Allan dos Santos. Nessa mesma mensagem, Eduardo diz que tem o contato de Douglas Tavolaro, ex-executivo das emissoras Record e CNN. “O Douglas diz que a linha será da Record, que o que vem dos EUA é só o nome CNN”, diz o filho do presidente.

CNN Brasil, também por meio de nota, disse que “não tem nenhuma relação com o Sr. Fábio Wajngarten” e que “desconhece qualquer contato que o Sr. Fábio Wajngarten possa ter feito com a emissora fora de suas atribuições enquanto era Secretário de Governo”. A emissora também informou que Douglas Tavolaro não faz parte dos quadros da CNN Brasil desde março de 2021.

Com informações de Leandro Prazeres, Mariana Muniz e Paula Ferreira no Globo.