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O custo da pandemia tem sido alto e o orçamento público tem limites. Se em 2020 foram R$ 509 bilhões para enfrentar os efeitos do coronavírus em todas as áreas, da saúde à economia; o desembolso em 2021 foi de R$ R$ 74,1 bilhões até o começo de abril.
Com pouco espaço para gastar e fazer populismo fiscal, Bolsonaro enfrentará um cenário de preços sob pressão — as expectativas do último Boletim Focus preveem inflação de 5,9% no fim de 2021, com queda para 3,75% ao longo de 2022 — e um país mais vacinado, já pensando em de onde virá o dinheiro para a retomada econômica.
As preocupações inflacionárias que levaram o BC a aumentar a Selic de 3,5% para 4,25% na última reunião do Copom não são recentes e já há previsão de novo aumento de 0,75% na próxima reunião, em agosto.
Os sucessivos aumentos encarecem o custo do dinheiro, reduzindo a participação do setor privado na retomada econômica. “O efeito é catastrófico para a economia e sempre pior para quem é mais pobre”, diz a economista especializada em contas públicas Deborah Bizarria.
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