Feliciano Rodrigues Candido Neto, 36 anos, foi preso em flagrante na noite do último domingo (16) após assassinar a própria esposa em Limeira, interior de São Paulo.
Samara Schultz, de 35 anos, foi morta com sete golpes de faca no tórax. O crime aconteceu na frente da filha do casal — uma criança de apenas 5 anos.
Nas redes sociais, Feliciano Rodrigues declarava apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e defendia a ‘família tradicional’. O assassino também chegou a se manifestar favoravelmente a uma intervenção militar no Brasil.
Em depoimento à Polícia Civil, Feliciano disse que se desentendeu com Samara e matou a esposa em “legítima defesa”. Familiares da vítima relataram que o casal estava junto havia dez anos e que existia um histórico de agressões, mas que Samara não denunciou o marido porque sentia medo.
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O caso foi registrado como feminicídio.
Feminicídio no Brasil
Pelo menos cinco mulheres foram assassinadas ou vítimas de violência por dia em 2020. Os dados da Rede de Observatório da Segurança mostram que cinco estados brasileiros registraram, juntos, 449 casos de feminicídio no ano passado, isto é, vítimas que foram mortas por serem mulheres.
A violência contra a mulher em 2020, o que inclui o feminicídio, entrou na terceira posição do ranking de eventos monitorados pela Rede. Entre os mais de 18 mil eventos relacionados à segurança pública e a violência, 1.823 se referem aos crimes de gênero contra a mulher, o que dá a média de cinco casos ao dia.
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