Foto:Agência Brasil
Com a perspectiva de perda de cerca de 12 mil vagas (entre empregos diretos e indiretos) na Bahia, devido ao fechamento da fábrica da Ford no polo industrial de Camaçari, o governador Rui Costa (PT) pretende fazer um périplo por embaixadas de alguns países na próxima semana.
Costa marcou conversas com embaixadores da Índia, do Japão, da Coreia do Sul e da China. O objetivo, segundo ele, é oferecer incentivos do estado, da mesma forma que existia para a Ford, para montadoras desses países interessadas em assumir a fábrica da norte-americana, a maior da América do Sul.
"Vou apresentar oportunidades de investimento na Bahia, com destaque para o parque industrial da Ford, em Camaçari”, disse o governador.
“Queremos ampliar a presença de investidores asiáticos em nosso país, e vamos a Brasília na próxima semana para aprofundar o diálogo com os chineses e com representantes de outros países. Serei incansável na luta para manter em operação a cadeia produtiva da indústria automobilística na Bahia”, disse ele.
“Se o governo federal não pode fazer nada, nós podemos fazer muito. Podemos e vamos trabalhar para atrair investimentos, gerar emprego e renda para baianas e baianos”, alfinetou Costa, referindo-se à declaração feita por Bolsonaro de que o Brasil está quebrado, e que ele, como presidente, nada poderia fazer.
“Um dia o presidente da República diz que o Brasil está quebrado e não pode fazer nada. Menos de uma semana depois, a Ford anuncia a saída do Brasil. Nada é por acaso, a Ford entendeu o recado do presidente. Me preocupa muito a falta de confiança de outras empresas e de potenciais investidores no país”, disse.
Em seis anos, somente em benefícios fiscais dados pelo Governo da Bahia, incluindo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias de Serviço (ICMS), a Ford deixou de pagar mais de R$ 1,7 bilhão.
Em 2015, foram R$ 297,2 milhões; em 2016, R$ 230,3 milhões; em 2017, R$ 276,5 milhões; em 2018, R$ 351,1 milhões, em 2019, R$ 367,9 milhões; e, no ano passado, R$ 229,1 milhões. Já os investimentos feitos pela empresa em Camaçari de 2015 a 2019 somam R$ 2,5 bilhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário