quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

O preço do negacionismo do Bolsonaro em relação à pandemia de Covid-19 será muito alto para a economia


O preço do negacionismo do presidente Jair Bolsonaro, em relação à pandemia de Covid-19, que se dissemina por seu governo, ainda não pode ser inteiramente calculado. Mas já é possível arriscar uma ideia de quanto custará. Ninguém duvide de que será bastante alto.

Nem se fale em vidas perdidas, já acima de 200 mil brasileiros, ou em infectados, um total que já passa de 8,5 milhões, muitos com sequelas irreversíveis. Essa é uma conta que, infelizmente, ainda está longe de chegar ao fim, e não tem preço.

O grupo financeiro francês BNP Paribas, oitavo no ranking mundial, e com atuação em 72 países, por exemplo, enviou a seus clientes, nesta terça-feira (19), um relatório em que rebaixa sua projeção de crescimento da economia em 2021, ao mesmo tempo em que eleva a estimativa da inflação. Os atrasos e o menor alcance da vacinação, combinado com a sombria hipótese de que o pico da segunda onda de contágio, no Brasil, mais severa do que a primeira, se dará em meados do primeiro semestre estão no centro das causas das novas e mais pessimistas projeções.Assumindo que a população de risco estaria toda vacinada até abril e metade dos adultos até agosto, com o restante recebendo a vacina até o primeiro trimestre de 2022, o BNB Paribas reduziu sua previsão de crescimento econômico, em 2021, de 3% para 2,5%. No Boletim Focus, no qual o Banco Central organiza as projeções do mercado financeiro, a expansão estimativa para atividade econômica ainda é de 3,4%, neste ano.

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