segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Ex-presidente do Supremo Ayres Britto defende o impeachment do Bolsonaro

 

                               Carlos Ayres Britto. Foto: Wikimedia Commons
Ao dar reiteradas amostras de que “tem o pé atrás” com a Carta Magna de 1988, o presidente Jair Bolsonaro se credenciou para o impeachment, uma sanção tão severa que “somente se aplica àquele presidente que adota como estilo um ódio governamental de ser, uma incompatibilidade com a Constituição”, diz Carlos Ayres Britto, 78, ex-ministro do STF.

“Respostas [para a crise sanitária] como ‘e daí?’ ou ‘não sou coveiro’ não sinalizam um caminhar na contramão da Constituição?”

Tudo do ponto de vista jurídico, porque cabe ao Congresso decidir o destino do chefe do Executivo, e é bom que seja assim, afirma.

“Trata-se de uma avaliação que incumbe às duas casas do Congresso. Pondero o seguinte: o ideal, em qualquer democracia, é que todo presidente popularmente eleito inicie e conclua o seu mandato. Foi eleito democraticamente para isso. Agora, à luz da Constituição, há intercorrências que podem caracterizar crimes de responsabilidade com suficiente gravidade para a decretação do impeachment.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário