segunda-feira, 8 de maio de 2023

Secretário executivo no governo Bolsonaro, coronel Élcio Franco sugeriu como mobilizar tropa para golpe de Estado

 


O coronel Élcio Franco, ex-número dois do Ministério da Saúde e assessor da Casa Civil do Governo Bolsonaro, é mais um homem próximo do ex-presidente que aparece no centro da trama golpista de 8 de janeiro. 

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Mensagens de áudio que integram o inquérito da Polícia Federal (PF) contra o ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foram divulgadas pela CNN nesta segunda-feira (8) e mostram que Franco não só sabia como também sugeriu como mobilizar 1.500 homens para o golpe. 

Em diálogo com Ailton Barros, que foi preso no último dia 4 durante a Operação Venire deflagrada pela PF para investigar suspeita de fraude e cartões de vacinação, relatou o temor do então comandante do Exército de ser responsabilizado por uma eventual tentativa de golpe.

As conversas mostram que Ailton e os aliados do golpe cogitaram até suplantar a autoridade do então comandante do Exército, general Freire Gomes, usando o Batalhão de Operações Especiais do Exército.

Quem é Élcio Franco 

Élcio Franco já esteve no centro de outro escândalo que foi revelado durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, instalada no Senado em 2021.

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Documentos do colegiado apontaram que o valor contratado pelo governo brasileiro, de US$ 15 por vacina (R$ 80,70), ficou bastante acima do preço inicialmente previsto pela empresa Bharat Biotech, de US$ 1,34 por dose. O valor foi celebrado em um contrato de compra do governo federal em fevereiro de 2021, mas não foi pago e as doses não foram recebidas. A compra não foi finalizada porque o escândalo estourou antes.

Franco era considerado o "número 2" no Ministério da Saúde durante a gestão de Eduardo Pazuello e concentrava diversas decisões durante a pandemia — inclusive sobre a negociação de compra de vacinas.

Ele também foi defensor do tratamento precoce — o uso de medicamentos sem eficácia comprovada no combate à covid, ou com eficácia já descartada — e disse em depoimento à CPI da Covid que sua gestão no ministério da Saúde defendia esse tipo de atendimento a pacientes na rede pública.

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Arquitetura golpista

Os novos áudios revelados nesta segunda integram o inquérito que embasa a prisão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e de Ailton Barros, ex-major que circulava pela cúpula do Palácio do Planalto.

No último dia 4 a PF encontrou áudios no telefone celular de Mauro Cid enviados por Barros, nos quais é tramado um golpe de Estado.

A trama teria se desenrolado na antessala do gabinete da Presidência da República, local em que Mauro Cid e Barros atuavam como ajudantes do ex-presidente. 

Com informações da CNN


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