segunda-feira, 15 de maio de 2023

Laudo do Cenipa aponta “responsabilidade” da Cemig na morte de Marília Mendonça


O advogado da filha do piloto que morreu no acidente aéreo com Marília Mendonça diz que há “responsabilidade” da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) no episódio. Segundo laudo divulgado nesta segunda (15) pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), não houve falha humana ou mecânica e nem erro de decisão por parte do piloto no caso.

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Especialista em direito aeronáutico e representante de Vitória Medeiros, filha do piloto Geraldo Martins de Medeiro Júnior, que morreu no acidente com a artista, Sérgio Roberto Alonso diz reclama da “falta de sinalização” da Cemig. No laudo, o Cenipa recomendou que a companhia reforce a sinalização de redes de alta tensão, principalmente em áreas que tenham proximidade com o espaço aéreo.

“Pelo simples fato da recomendação, fica implícita a responsabilidade da Cemig pela falta de sinalização, independentemente se estes cabos estavam ou não dentro da zona de proteção, uma vez que a lei, o Código Civil e os princípios de ordem pública são superiores a qualquer regulamento sobre colocar a rede dentro ou fora da zona de proteção”, afirma o advogado.

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A investigação aponta que os cabos da Cemig foram um obstáculo para o avião que sofreu acidente e que as torres da companhia tiveram responsabilidade no episódio. Victória já havia prometido processar a Cemig em novembro de 2021.

Alonso diz que os cabos eram invisíveis ao olho humano e estavam em uma altura de cerca de 250 metros em relação à pista de pouso. “Pela velocidade em que estava o avião, o olho humano não é capaz de identificar o objeto e realizar uma manobra de evasão. Além do mais, pelo horário do acidente, estava em uma posição contra o sol que diminui a visibilidade do piloto”, avalia.

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