Terrivelmente evangélico.” A expressão ficou famosa após ser antecipada, em julho de 2019, como pré-requisito pelo presidente Jair Bolsonaro para a escolha a ser feita para a vaga que se abrirá em novembro no Supremo Tribunal Federal (STF), com a aposentadoria do ministro Celso de Mello.
A promessa foi dada pelo presidente em julho de 2019, ao participar de um culto da bancada evangélica na Câmara dos Deputados. Na semana passada, com a aproximação da saída do decano do Supremo, marcada para novembro, quando ele completa 75 anos, lideranças religiosas trataram de comunicar a Bolsonaro o nome preferido do grupo.
Trata-se do juiz federal William Douglas Resinente dos Santos, atual titular da 4ª Vara Federal em Niterói (RJ). Ele já foi delegado de polícia e defensor público no Rio de Janeiro. Hoje, além da atuação como juiz federal, William Douglas é pregador na Igreja Batista e em outras denominações evangélicas.
O pedido foi feito pelo pastor Silas Malafaia diretamente ao presidente, em reunião no Palácio da Alvorada, e recebeu endosso de líderes de Assembleia de Deus, Igreja Batista, Igreja Fonte da Vida, Igreja Quadrangular, M12 e Igreja da Graça.
O nome de William Douglas agora disputa a preferência de Bolsonaro com outro jurista visto com bons olhos pela bancada evangélica, o hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça.
Em julho deste ano, enquanto a pandemia de coronavírus em todo o país já apresentava índices alarmantes de infecção e de mortes, o juiz William Douglas se alinhava ao discurso do presidente Jair Bolsonaro contrário ao isolamento social como forma de prevenir a infecção. O pastor defendia a abertura das igrejas.
Em uma pregação na Assembleia de Deus, no bairro de Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, o juiz usou passagens da Bíblia para exemplificar a “sede” dos cristãos por estarem nos templos de forma presencial, comparando a necessidade com a de uma padaria.
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