Prestadora de serviços gerais, Regina Santana da Silva Fernandes, 41, registrou um boletim de ocorrência relatando uma situação de intolerância religiosa, racismo e constrangimento ilegal sofrida em seu ambiente de trabalho.
O caso ocorreu na última quinta-feira (17/9). Regina foi convocada a comparecer no escritório da empresa, em Cuiabá, Mato Grosso, por ter raspado o cabelo, um ritual de iniciação no Candomblé.
Na sede da empresa, na presença de sua gerente, Regina foi obrigada a retirar a touca que vinha usando para esconder a cabeça raspada. No boletim de ocorrência, ela relata que recebeu olhares de reprovação e ouviu que “esse tipo de religião” não cabia dentro da empresa, pois além de ser “negra era macumbeira”.
A gerente ainda afirmou que Regina tinha que “procurar Deus para se salvar” e que pessoa da cor dela “e macumbeira não pode participar do quadro de funcionários da empresa”.
Regina ainda sofreu intimidação. A gerente disse que não adiantaria procurar pela Justiça, já que a empresa possui vários processos e nunca perdeu nenhum.
Por fim, a prestadora de serviços gerais foi obrigada a assinar um aviso prévio que já estava com data de 11 de setembro, ou seja, seis dias antes de ela ser comunicada que seria demitida.
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Tem vários processos é? Então vai mais um e com a imprensa divulgando sua mepresa por ser racista e intolerante religiosa.
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