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As afirmações da legenda constam no processo em que o partido solicitou a cassação do mandato de Moro. Além disso, o ex-juz e o ex-procurador e deputado eleito Deltan Dallagnol (Podemos) estão sendo investigados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE). Os dois correm risco de perder os cargos recém-assumidos.
O inquérito foi aberto pela sigla no dia 23 de novembro do ano passado, mas estava sob sigilo da Justiça. O sigilo, porém, foi revogado no dia 17 de janeiro pelo desembargador Mário Helton Jorge, relator do processo no TRE. O ex-juiz, que não compareceu a Justiça, por meio de uma nota, tentou se defender: “desespero de perdedores”.
“O que se inicia como uma imputação de arrecadação de doações eleitorais estimáveis não contabilizadas, passa pelo abuso de poder econômico e termina com a demonstração da existência de fortes indícios de corrupção eleitoral”, informou o PL, em um trecho da ação.
O partido de Bolsonaro informou que o “abuso de poder econômico” acabou criando um “desequilíbrio” na disputa eleitoral ao Senado que “fulminou a legitimidade do resultado”. O ex-juiz recebeu cerca de 1,9 milhão de votos (33,5%). O segundo colocado foi o deputado Paulo Martins (PL), com cerca de 1,7 milhão de votos (29,1%).
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Em nota, o ex-juiz desdenha da iniciativa:
“Eu e meus suplentes ainda aguardamos ser notificados pela Justiça Eleitoral. Daquilo que vi pela imprensa, porém, percebo tratar-se de uma ação feita em parceria pelo PL/PR e Podemos, ou seja, entre o segundo e terceiro colocados derrotados, atendendo aos interesses de uma nova eleição e do PT.
Puro desespero dos perdedores e de quem teme nosso mandato.
Vejo que o PL/PR emprestou seu nome e o Podemos entrou com os seus advogados e com documentos internos vazados ilegalmente.
Renata Abreu, Fernando Giacobo, Álvaro Dias e Paulo Martins são os responsáveis!
Todavia, nada temo. Sei da lisura das minhas ações, suplentes e fornecedores. Não houve aplicação ilegal de recursos, tampouco caixa 2, triangulação ou gastos além do limite, como sugerem provar apenas com matérias de blogs e notícias plantadas. A ilustrar o absurdo da ação encontra-se a afirmação fantasiosa de que a pré-candidatura presidencial teria beneficiado minha candidatura ao Senado quando foi exatamente o oposto, tendo o abandono da corrida presidencial gerado não só considerável e óbvio desgaste político, mas também impacto emocional.
Tentam nos medir com a régua deles. Mas nossa retidão moral é inabalável e inquestionável, como será novamente demonstrado.
Ao final serão processados, eles sim, pelas falsidades levantadas.
Sérgio Moro”
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