terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

O ministro Luiz Fux envia notícia-crime da Polícia Federal contra Bolsonaro à Justiça Eleitoral


Em decisão assinada nesta terça-feira (14/2), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux declinou competência da Corte para analisar notícia-crime apresentada pela Polícia Federal sobre suposto uso irregular de adolescentes pela campanha de Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de 2022. Conforme apurou o Metrópoles, o pedido de inquérito foi encaminhado por Fux à Justiça Eleitoral, mais especificamente ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF).

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Bolsonaro, enquanto presidente da República, tinha direito a foro privilegiado. Dessa forma, cabia ao Supremo avaliar a possibilidade de instauração de inquérito policial para apurar os fatos narrados, consistentes no suposto uso indevido de imagens de crianças e adolescentes em campanha política e em situações que incitaria o uso de armas.

Fux considerou que, uma vez encerrado o mandato presidencial de Bolsonaro e com o fim do foro, fica afastada a hipótese constitucional de competência originária do STF para o caso, que ainda não se encontra em fase de julgamento.

“Promovo o declínio da competência desta Corte e determino de remessa dos presentes autos à Justiça Eleitoral do Distrito Federal, por ser a autoridade judiciária em tese competente para o prosseguimento do feito”, justificou o ministro.

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O processo corre em segredo de Justiça e, dessa forma, não é possível esclarecer a qual caso se refere a denúncia. Como mostrou o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, Bolsonaro chegou a ser acusado de usar crianças, sem autorização dos pais, em vídeos da campanha de reeleição.

Na ocasião, os pais chegaram a registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal contra a escola das crianças, que levou os menores ao encontro com o então presidente.

Primeira instância

Na última sexta-feira (10/2), a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, já havia encaminhado à Justiça Federal do Distrito Federal 10 pedidos de investigação contra o ex-presidente Bolsonaro por incitar atos antidemocráticos.

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