O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que o drama vivido pelas comunidades indígenas durante a pandemia foi agravado devido a ausência das Forças Armadas nas ações de logística na Amazônia. De acordo com o magistrado, as medidas não foram autorizadas por Jair Bolsonaro (PL), quando ainda era presidente.
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As declarações foram feitas durante participação no programa Confraria do Brito, do Canal MyNews, no YouTube, no último domingo (12).
Barroso falou sobre as ações do Supremo para a proteção dos indígenas durante a pandemia e disse que a Corte conseguiu coisas importantes, como barreiras sanitárias para impedir o ingresso nas comunidades indígenas de pessoas não autorizadas que pudessem levar o vírus da Covid-19.
“Durante a pandemia houve uma ação condicional e que pedia a proteção do Supremo para as comunidades indígenas durante a pandemia. Em relação à pandemia, nós conseguimos algumas coisas importantes, que incluíram criar uma sala de situação e convencer o governo de que os representantes dos indígenas tinham que participar da acompanhamento, do monitoramento e da formulação de soluções”, disse o ministro.
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“Nós conseguimos determinar algumas barreiras sanitárias para impedir o ingresso nas comunidades indígenas de pessoas não autorizadas que pudessem levar a doença. Conseguimos também a vacinação prioritária dos indígenas. Eu elaborei um plano que incluísse a proteção dos indígenas e a desintrusão das pessoas que indevidamente estavam lá. E se conseguiram algumas medidas com a Polícia Federal de proteção em áreas de risco”, acrescentou.
O magistrado, porém, destacou que faltou apoio logístico das Forças Armadas e que isso prejudicou a proteção dos povos indígenas.
“O que nós não conseguimos, infelizmente, foi ajuda das Forças Armadas. E na Amazônia, sem a participação das Forças Armadas é muito difícil de você conseguir qualquer coisa, porque é uma logística muito complexa. Em mais de uma operação as Forças Armadas, de última hora, cancelaram a participação”, afirmou Barroso.
“As Forças Armadas não estão sob a jurisdição para este fim. Você depende de o comandante autorizar. E o comandante em Chefe, que é o presidente da República, não tinha aparente simpatia pela causa indígena. O grande problema que nós enfrentamos nessa questão era a dificuldade em ter o apoio logístico das Forças Armadas”, concluiu.
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