Lula tem criticado com razão a alta taxa de juros e o Banco Central, o que supostamente tem causado preocupação na equipe econômica do governo. Na segunda-feira, Lula repetiu essas críticas em uma cerimônia de posse de Aloizio Mercadante como presidente do BNDES.
A equipe econômica é decorrente da nomeação do presidente Lula, portanto, se houver questionamentos, basta o mandatário substituir esses “preocupados” por nomes mais alinhados com a filosofia desenvolvimentista do governo – eleito justamente para defenestrar a farra dos juros altos.
Na intriga que a velha mídia atribuiu à “equipe econômica”, os jornalões avaliam que as falas de Lula têm gerado ruídos e dificultado o trabalho. Esses veículos de imprensa trandicional, que são hoje propriedade cruzada de bancos e fundos de especulação financeira, ventilam que por se tratar de um líder político importante, não há espaço para respostas públicas às críticas.
Ora bolas, carambolas. Se Lula é um líder importante e não tem como contestar sua posição publicamente, basta ao presidente da República exonerar o presidente do Banco Central e nomear outro com mais afinidade com os propósitos do governo.
Para despistar Lula do mantra segundo qual precisa reduzir as taxas de juros, a velha mídia planeja desviar a atenção para pautas que beneficam somente o capital, a exemplo da reforma tributária e da medida provisória que retoma o voto de desempate a favor do governo nos julgamentos do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).
Na avaliação dos barões da velha mídia/banqueiros, as falas de Lula sobre redução dos juros têm tornado esse caminho diversionista mais difícil.
Em síntese, a velha mídia corporativa acredita que as críticas de Lula à alta taxa de juros e ao Banco Central têm prejudicado o trabalho para desviar a pauta. A imprensa tradicional se esforça para conspirar com o objetivo de manter Roberto Campos Neto no cargo de presidente do Banco Central.
(Do Blog do Esmael)
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