terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Ciro Gomes afirma que será necessária aliança com centro-esquerda e centro-direita

       Ciro Gomes, Rodrigo Maia, João Doria e Luciano Huck (Foto: Reuters | ABr | GOVSP | Reprodução)
Um dia após
 implodir a ideia de uma aliança ampla da esquerda para 2022, o ex-presidenciável Ciro Gomes afirmou nesta terça-feira, 1º de dezembro, que a união entre a centro-esquerda e a centro-direita é "necessária" para o futuro do Brasil. Detalhe: a resposta de Ciro veio após o colunista do UOL Leonardo Sakamoto questioná-lo sobre a fala do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, sobre uma frente com João Doria, Luciano Huck e o próprio Ciro Gomes.

"Rodrigo Maia citou mais de uma vez seu nome, junto com o do governador João Doria, do apresentador Luciano Huck, como possíveis lideranças em uma aliança de centro para 2022. O senhor acha viável uma aliança que vá da centro-esquerda à centro-direita?", questionou Sakamoto.

Ciro então respondeu: "mais do que viável, acho necessária. Restrospectivamente o Brasil estará destruído. Nós atingimos pela primeira vez na história do Brasil R$ 1 trilhão de déficit primário. Todo mundo pode relativizar dizendo que esse déficit é por conta da despesa da pandemia, ok, mas déficit é uma proporção entre receita e despesa. Se a despesa tinha que crescer, cadê as providências na receita? Nós estamos encerrando o ano fiscal e simplesmente as providências estruturais que necessariamente terão que ser tomadas para corrigir a conta pública brasileira para valer no ano que vem têm que estar deliberadas até 31 de dezembro. Não há nem sequer proposta para discutir. Esse é que é o país que nós temos que ver quem vai querer governar de forma consequente. Em segundo plano, nós precisamos projetar o futuro do Brasil, e o futuro do Brasil, do meu ponto de vista, pede o encerramento da ilusão neoliberal e a formulação de um projeto nacional de desenvolvimento. Esse projeto, para ser viável, tem que tomar uma parte do centro político da sua tradicional relação com a direita. Se nós não tomarmos um pedaço do centro da sua aliança automática com a direita, nós vamos ficar engolindo essa impostura de um picareta como o Sergio Moro. Ou nós encerramos essa impostura, ou isso aqui vai virar uma ex-nação. Esse é o trabalho ao qual eu estou dedicado".

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