segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

O Bolsonaro exige blindagem do seu filho, Flávio, para apoiar candidato à presidência do Senado

 

Jair Bolsonaro, com o filho Flávio, que é senador, em cerimônia no Palácio do Planalto – 24/06/2019 Valter Campanato/Agência Brasil

A blindagem política ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) passou a ser um fator debatido na mesa de negociações da sucessão do Senado.

O Congresso realiza em fevereiro eleições para escolher os substitutos de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) nas presidências da Câmara e do Senado, respectivamente.

Segundo o blog apurou com parlamentares e integrantes do governo, a proteção política ao senador – na mira da Justiça por causa da investigação das rachadinhas e, agora, da suposta interferência da Abin em sua defesa – virou uma preocupação com a mudança no comando da Casa.

Nos bastidores, senadores do MDB ouvidos pelo blog dizem ao Planalto temer que o candidato de Davi Alcolumbre, que hoje é Rodrigo Pacheco, do DEM-MG, seja “muito independente” e não “segure a onda do senador se ele precisar”, referindo-se a eventuais desdobramentos no Conselho de Ética, por exemplo.

Atualmente, o pedido de cassação do mandato de Flávio feito por partidos da oposição está parado no Conselho de Ética. O Planalto não estava preocupado porque avaliava que Alcolumbre fora um aliado e acreditava que o cenário se manteria numa reeleição do presidente do Senado.

(…)

Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), “não há veto a Pacheco”, que tem bom trânsito no Senado. No entanto, diz Rodrigues, senadores de oposição não aceitarão qualquer candidato que se “converta ao bolsonarismo e garanta blindagem a Flávio”. “Transformar o Senado em puxadinho do Planalto não dá.”


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