Allan dos Santos (Foto: Alessandro Dantas/Fotos Públicas)
Ao longo das apurações, a PF descobriu que Allan dos Santos tem como parceiro de negócios o empresário Bruno Ayres, sócio de uma companhia sediada em Delaware, nos Estados Unidos, e dono de uma empresa de tecnologia em Brasília que tem contratos com empresas públicas. Ao ser questionado pelos investigadores sobre a sua ligação com o canal Terça Livre, Bruno respondeu em seu depoimento que é “sócio oculto” por meio de um contrato de sociedade em conta em participação, atuando como consultor em questões estratégicas.
Allan e Bruno se conheceram em 2014 durante um evento em Brasília. Três anos depois, os dois se tornaram parceiros de um projeto que previa a criação de uma espécie de “Netflix de cursos em diversas áreas”. Desde então, a relação comercial entre os sócios se estreitou cada vez mais. Em mensagens analisadas pela PF, Bruno chegou a pedir ajuda de Allan para se aproximar de Luciano Hang, dono da Havan. Ele também alertou um funcionário do site a não deixar exposto um veículo luxuoso estacionado na garagem do fundador do Terça Livre. “Não queria expor um carro caro”, justificou o empresário para a PF.
Procurado, Bruno afirmou que optou pela modalidade de “sócio oculto”, prevista na legislação, porque é o formato que “mais se adequada” à sua participação no negócio. “Não estou oculto no negócio”, afirma ele, reforçando que atua no Terça Livre na “condição de sócio participante”. “Sou empresário há 20 anos e presto serviços majoritariamente para o setor privado. Os poucos contratos públicos que tenho foram iniciados antes do início do atual governo”, completa. (…)
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