Nos primeiros oito meses de 2023, desde a posse do presidente Lula (PT), a emissora recebeu apenas R$ 2,4 mil, ou seja, menos de dois salários mínimos em publicidade do governo federal em todo o período. Para piorar tudo, o Ministério Público Federal (MPF) ainda pediu a cassação da concessão pública da Jovem Pan afirmando que o fez pelo “alinhamento da emissora à campanha de desinformação que se instalou no país ao longo de 2022 até o início deste ano, com veiculação sistemática, em sua programação, de conteúdos que atentaram contra o regime democrático”.
Quebrados e sem ter outra saída, os executivos do grupo têm mantido constantes encontros em Brasília e tentam desesperadamente se aproximar do governo Lula para retomar repasses financeiros em publicidade. Antônio Augusto do Amaral Carvalho Filho, o Tutinha, e seu irmão, Marcelo Carvalho, que é vice-presidente da Jovem Pan, têm tentado de tudo para se desfazer da imagem de extremista dos canais de rádio e TV dos quais são donos, inclusive fazendo uma “limpa” nos nomes mais agressivos e ultrarreacionários de seus quadros.
Augusto Nunes, Zoe Martinez e Rodrigo Constantino, o trio de comentaristas irascíveis e descompensados, já foi demitido pelos diretores da empresa. Houve mudanças também nas abordagens, como nas opiniões transmitidas no ar, que se abrandaram e se tornaram mais “plurais”, embora nem tanto.
Algumas figuras da direita tradicional e moderadas vêm ganhando espaço na grade da Jovem Pan, como Tiago Pavinatto e Paulo Mathias, que às vezes até se aventura em posturas mais à esquerda, questionando de forma dura entrevistados e comentaristas de extrema direita.
Por ora, não é possível dizer se a estratégia dará certo, tampouco se o canal conseguirá evitar a cassação de sua concessão de rádio, mas o fato é que sem essas ações de aproximação e de “arrego”, os dias da Jovem Pan podem estar contados sem o dinheiro da publicidade federal.
Uma emissora que só mentiu nao merece nehum crédito
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