sábado, 26 de agosto de 2023

Globo critica e ataca o presidente Lula e aumento do salário mínimo

 


O jornal O Globo, que liderou a campanha pelo golpe de estado de 2016 e pela prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018, para que fosse aplicado um choque neoliberal na economia brasileira, começa a se distanciar cada vez mais da agenda do atual governo, que retomou a política de valorização do salário mínimo como forma de proteger trabalhadores e estimular o mercado de consumo.

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Em editorial publicado neste sábado, o Globo ataca o governo Lula e a política de aumentos reais do salário mínimo. "Sob pretexto de afagar quem trabalha, os parlamentares vislumbraram apenas os próprios ganhos político-eleitorais ao aprovar mudanças no reajuste do salário mínimo. Pela nova regra, o valor passará a ser corrigido pela inflação do ano anterior somada ao crescimento do PIB de dois anos antes. Os números só serão confirmados no início de 2024, mas o governo estima para o ano que vem um salário mínimo de R$ 1.421, aumento de 7,65% em relação ao atual. É esse valor que deverá constar da proposta orçamentária enviada ao Congresso", escreve o editorialista.

"É verdade que o reajuste do mínimo acima da inflação foi promessa de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva e tema de embates entre ele e o então presidente Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro reajustou o mínimo pela inflação durante seu governo e também prometera aumento real caso reeleito. Mas a campanha acabou faz tempo. Espera-se de Lula senso de responsabilidade para equilibrar suas promessas com a realidade fiscal do país. O reajuste do salário mínimo tem impacto incontornável nas contas públicas. Estima-se que cada real de aumento gere para o governo uma despesa de R$ 366 milhões ao longo de um ano. É esse o custo da demagogia populista", prossegue o autor do texto, com clara visão reacionária sobre o processo de distribuição da renda nacional.

"É um contrassenso que, depois da aprovação do novo arcabouço fiscal — embora imperfeito, ao menos ele impõe uma regra para as despesas —, o governo contrate aumento em seu custo fixo. Se as metas fiscais anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já se mostravam difíceis de cumprir sem alta expressiva na arrecadação, imagine-se num cenário de crescimento inexorável de gastos. O governo precisa explicar como cobrirá mais esse rombo que acaba de criar", aponta ainda o editorialista, sem levar em conta que a ativação do mercado de consumo provoca ganhos de arrecadação.

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