O nome de Zanin foi apoiado por largo espectro político, porque derrotou os abusos da Operação Lava Jato. Além de ter defendido e libertado Lula, ele conseguiu representar a vitória da classe política contra a força-tarefa, que perseguiu e criminalizou lideranças e partidos generalizadamente.
Com a presença de autoridades e centenas de convidados, a cerimônia de posse será aberta pela presidente do STF, ministra Rosa Weber, com a execução do Hino Nacional na sequência. Na cerimônia, que é normalmente curta e sem discursos, Zanin será conduzido ao plenário pelos ministros Gilmar Mendes, o decano (o mais antigo) da Corte, e André Mendonça, o mais novo.
Depois, fará o juramento de cumprir a Constituição. E o diretor-geral do Supremo, Estevão Waterloo, lerá o Termo de Posse, que será assinado por Rosa Weber e o próprio Zanin, que será então declarado ministro do Supremo Tribunal Federal.
Cristiano Zanin Martins tem 47 anos, e se formou advogado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especializou-se em Direito processual e empresarial.
Na sabatina do Senado, o agora ministro do STF foi questionado a respeito de suas conhecidas exposições do conceito de lawfare, técnica judicial reconhecidamente utilizada pela Lava Jato contra Lula, e que foi a base da condenação do então ex-presidente. Segundo Zanin, lawfare é o “uso indevido das leis para alcançar fins ilegítimos”.
“Significa o uso estratégico do Direito para fins políticos, geopolíticos, militares e comerciais”, disse Zanin na sabatina no Senado. Seria, por exemplo, o caso “de uma operação policial contra um candidato às vésperas da eleição”. Essa não é uma prática “compatível com o estado de direito”, afirmou na ocasião.
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